Nossa festa era tão certa
Pés no chão, nós dois desertos
De confete e solidão
De mudanças, tantas juras
Eu deixei em cada curva
Deste chão tanto pranto
De cavar com minhas mãos
Cada palmo de amargura
Mas o amor é como um pássaro
Mais no ar que pé no chão
Se a razão quis rastejar
O amor quis bater asas
E eu não pude dizer não
E caí para aquela altura
E eu renasci por lá
Prateei o céu inteiro
Fiz da quarta-feira cinza
Mais um dia pra dançar
E eu dancei pisando em nuvens
E eu sonhei poder voar
E você num céu de argila
Fez meu peito uma avenida
Para o carnaval passar
letra: luís kiari e pedro barnez
música: luís kiari
domingo, 28 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
SOBERBO
e Terê como vai?
por aqui tudo oquêi
sou amigo do rei
té que o trono se cai
tô na casa de um brou
toco o trampo na flauta
sinto té tua falta
ói que amigo que sou
troco almoço por janta
quando a janta é responsa
sou amigo da onça
té que mostra a garganta
e Terê como vai?
por aqui só esperança
dá lembrança às crianças
té que o crédito sai
por fulana de tal
moça té bem casada
não perdi a piada
hoje o amigo é rival
gosto, pois, de outra mina
digo, não só de amigo
té nem é caso antigo
trata por Carolina
e Terê como vai?
té que um dia eu te vejo
dá na mãe quele beijo
quele abraço no pai
letra Fred Sommer
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Jacira - Letra e música/ luis kiari
Foi no moinho
Que eu fiz cantiga
Vendo Jacira com o vazo nas mãos
Vazando sonhos
Colhendo risos
Na rosa-dos-ventos
Fazendo oração
Foi como houvesse
Raiado o dia
Sendo que o sol já rachava o sertão
Nos seus cabelos
Presos com fita
Levava a noite
O tempo e a razão
Já vi de tudo nesse mundo
De Patativa a Lampião
Só nunca vi homem não desejar
Ter de Jacira o seu coração
Que eu fiz cantiga
Vendo Jacira com o vazo nas mãos
Vazando sonhos
Colhendo risos
Na rosa-dos-ventos
Fazendo oração
Foi como houvesse
Raiado o dia
Sendo que o sol já rachava o sertão
Nos seus cabelos
Presos com fita
Levava a noite
O tempo e a razão
Já vi de tudo nesse mundo
De Patativa a Lampião
Só nunca vi homem não desejar
Ter de Jacira o seu coração
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
O meu verso vem de berço
Vem da Barsa, controverso
Lebre à noite é gato pardo
Vendo à vista, vendo em partes
Prezo um prazo, sai fiado
Cobro o preço do meu fardo
E já não peço em troca agrado
Quero artista desvendar-te
Quero a arte que me cabe
Deste esporte – ser poeta
De porte, atleta, quem sabe
De sorte, amor na roleta
Quanto a morte, de onde meço
Não é meta e sim começo
Não o norte, sou meu guia!
A seta, não alvo, a via
A reta, a linha e o corte
Meu forte, minha veneta
Me procuro ou quem comporte
Como um muro, esta faceta
letra Fred Sommer (ainda sem título)
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